Filhós de Nata! Receita muito antiga das nossas avós! Sempre faço pra lanchar Filhós de Nata! Receita muito antiga das nossas avós! Sempre faço pra lanchar

Filhós de Nata! Receita muito antiga das nossas avós! Sempre faço pra lanchar

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As Filhós de Nata são um tesouro da cozinha brasileira, especialmente presente nas mesas de família durante a infância de muitas gerações. Conhecidas também como bolinhos fritos de nata, elas combinam a suavidade do creme (nata) com a crocância dourada ao serem fritas, criando uma explosão de sabores e texturas que remete ao aconchego das avós. Neste artigo, apresentamos um passo a passo profissional para preparar suas filhós de nata em aproximadamente 20 minutos de preparo ativo e 4–5 minutos de fritura. Além da receita tradicional, incluímos variações, dicas de mestre e orientações para conservar o sabor e a textura por até três dias.


1. História e Origem

Originárias do interior de Portugal e adaptadas pelos colonizadores ao Brasil, as filhós (ou filhoses) surgiram como forma de aproveitar nata, queijo e restos de massa doce. “Filhó” deriva de “filhote”, referindo-se a pequenas porções fritas. No Brasil, a inclusão da nata aportuguesa — creme de leite fresco batido — enriqueceu a textura, tornando o bolinho mais macio e aerado. Tradicionalmente preparadas em festas juninas, Natal e almoços de domingo, as filhós de nata simbolizam união familiar e sabor afetivo.

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2. Por que essa receita faz sucesso?

  • Textura: miolo macio e úmido, com crosta levemente crocante.

  • Versatilidade: agrada crianças e adultos; acompanha café, chá ou mesmo serve como sobremesa.

  • Praticidade: poucos ingredientes, preparo rápido e sem máquina de pão.

  • Afetividade: sabor que resgata memórias de infância e encontros em família.


3. Ingredientes (rendimento: 20–24 unidades médias)

  • Farinha de trigo: 300 g (2 xícaras + ¼)

  • Nata fresca (creme de leite fresco): 200 g (¾ de xícara)

  • Açúcar refinado: 50 g (¼ de xícara)

  • Ovo: 1 grande (em temperatura ambiente)

  • Leite: 50 ml (¼ de xícara)

  • Fermento biológico seco: 5 g (1 colher de chá)

  • Sal: 1 pitada

  • Óleo vegetal: para fritura (aprox. 1 L)

  • Açúcar e canela em pó: misturados (para polvilhar)


4. Equipamentos Necessários

  • Tigela grande

  • Colher de pau ou espátula

  • Batedeira manual (fouet)

  • Panela funda (ou fritadeira elétrica)

  • Termômetro culinário (opcional)

  • Escumadeira

  • Papel-toalha

  • Peneira ou coador (para peneirar farinha e polvilhar açúcar)


5. Pré-preparo — Ativando o Fermento

  1. Esquente levemente o leite (35–38 °C): muito quente mata o fermento; muito frio retarda a fermentação.

  2. Dissolva o fermento e parte do açúcar (25 g) no leite. Misture e deixe descansar por 5–7 minutos, até formar espuma na superfície. Isso indica fermento ativo.


6. Preparo da Massa

  1. Peneire a farinha e o sal na tigela grande. Reserve.

  2. Bata o ovo e a nata: em outra tigela, use o fouet para incorporar o ovo e a nata até obter mistura homogênea e levemente aerada (1–2 minutos).

  3. Combine líquidos e fermento: despeje a mistura de nata e ovo sobre a farinha, adicione o fermento ativado e o restante do açúcar (25 g).

  4. Misture até obter massa elástica: use colher de pau ou espátula para incorporar perfeitamente; transfira para bancada levemente enfarinhada e sove por 3 minutos, até massa lisa e elástica.

  5. Descanso: cubra com pano limpo e deixe em local sem correntes de ar por 20 minutos, até dobrar de volume.


7. Modelagem e Fritura

  1. Aqueça o óleo em panela funda a 170 °C–180 °C (verifique com termômetro ou teste com pedacinho de massa — deve borbulhar sem escurecer rápido).

  2. Divida a massa em porções de 30 g (equivale a pequenas bolas de pingue-pongue) sobre bancada enfarinhada.

  3. Modele levemente as bolinhas, sem apertar muito, para preservar ar interno.

  4. Frite em imersão: coloque 4–5 unidades por vez, sem lotar a panela.

    • Tempo: 2–3 minutos por lado, até dourar uniformemente.

    • Ação: gire suavemente com escumadeira para fritar ambos os lados.

  5. Escorra em papel-toalha e polvilhe imediatamente com açúcar e canela.


8. Dicas de Mestre-Cuca

  • Consistência da massa: deve ser macia, mas não grudenta; ajuste farinha se necessário, uma colher de sopa por vez.

  • Temperatura do óleo: óleo muito quente queima o exterior antes de cozinhar interior; muito frio deixa massa oleosa.

  • Fermentação: não exceda tempo de descanso para não risco de desinflar filhós.

  • Frigideira funda: evita respingos e permite imersão uniforme.


9. Variações e Toques Especiais

  • Filhós de Nata Recheadas: toque um pouco de doce de leite ou geleia de frutas antes de fechar as bolinhas, formando filhós recheadas.

  • Filhós Salgadas: omita o açúcar na massa, acrescente ervas finas e queijo ralado; sirva com molho de iogurte temperado.

  • Infusão de Sabores: adicione raspas de laranja ou limão à massa para aroma cítrico; ou essência de anis para sabor tradicional português.


10. Conservação

  • Curto prazo: guarde em pote hermético, fora da geladeira, por até 24 horas; reaquecimento rápido em forno a 180 °C (5 minutos) recupera crocância.

  • Média duração: até 3 dias na geladeira; reaqueça na frigideira ou forno para evitar amolecimento.

  • Congelamento: congele as filhós já fritas, sem açúcar, em saco plástico; duram até 1 mês. Ao usar, descongele e frescas, repolvilhe açúcar/canela e aqueça levemente.


11. Servindo com Estilo

  • Tábua rústica: arrume as filhós em cesta forrada com pano xadrez.

  • Acompanhamentos: geleia de frutas vermelhas, doce de leite ou mel.

  • Bebidas: café coado na hora, chá de ervas ou chocolate quente.


12. Benefícios Afetivos e Nutricionais

  • Afetividade: cada filhó carrega memórias e tradições familiares.

  • Energia: carboidratos da farinha e nata fornecem combustível para o dia.

  • Variedade: possibilidade de enriquecimento com queijos, frutas e especiarias.


Conclusão

As Filhós de Nata da Dona Benta (ou da sua avó) são uma herança culinária que resiste ao tempo por sua combinação de sabor, textura e lembranças afetivas. Com esta receita profissional, você dominará o preparo perfeito: massa aerada, fritura uniforme e polvilhamento que realça cada mordida. Aproveite as variações e surpreenda quem ama um lanche caseiro com toque de tradição.


Planejamento Financeiro para Sustentar Seus Projetos de Confeitaria Caseira

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Transformar a paixão por doces fritos em um empreendimento ou, ao menos, manter o orçamento doméstico saudável ao produzir quitutes exige organização financeira.

1. Levantamento de Custos

  • Ingredientes por lote (20 filhós):

    • Farinha de trigo: R$ 1,20

    • Nata fresca: R$ 4,00

    • Açúcar e canela: R$ 0,80

    • Ovo e leite: R$ 1,50

    • Óleo para fritura (porção utilizada): R$ 2,00

    • Total aproximado: R$ 9,50

2. Formação de Preço de Venda

  • Custo unitário: R$ 9,50 ÷ 20 = R$ 0,48 por filhó.

  • Markup sugerido: 100 % a 150 % para cobrir embalagens e lucro.

  • Preço de venda: R$ 1,00 a R$ 1,20 por unidade.

3. Linhas de Crédito e Cartão de Crédito

  • Cartão de crédito: use para compras em atacadistas, aproveitando cashback e parcelamento sem juros.

  • Microcrédito produtivo: indicado para empreendedores iniciantes; compare CET antes de contratar.

4. Controle de Receitas e Despesas

  • Adote planilha ou aplicativo (p. ex. Google Sheets, Trello) para registrar:

    • Data, valor e quantidade de ingredientes comprados.

    • Número de unidades produzidas/vendidas.

    • Receita total e custos fixos (energia, embalagens).

5. Ponto de Equilíbrio

  • Custo fixo mensal (energia, gás, embalagens): estime R$ 100,00.

  • Unidades mínimas por mês: (Custo fixo ÷ lucro por unidade).

    • Se lucro = R$ 0,52 (venda R$ 1,00 – custo R$ 0,48), precise vender ~192 unidades para cobrir custos.

6. Reinvestimento e Crescimento

  • Reserve 20 % do lucro para reinvestir em ingredientes a granel (descontos) e marketing digital (fotos, redes sociais).

  • Avalie kits de festa (caixas com 6, 12 ou 20 filhós) para aumentar ticket médio.

7. Dicas de Economia

  • Compras coletivas: reúna-se com outros confeiteiros para comprar insumos em volume.

  • Aproveitamento total: converta óleo usado (filtrado) para outras frituras, evitando desperdício.

  • Embalagens sustentáveis: papel kraft e fitas de juta são econômicas e agregam valor artesanal.

Com planejamento cuidadoso, as suas filhós de nata não só vão adoçar o paladar de amigos e familiares, mas também poderão gerar renda extra de forma sustentável e organizada.

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